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Por que as empresas brasileiras ainda ignoram a formação de líderes — e pagam caro por isso?




Por Marco Antonio Lampoglia, MSC – CEO da Active Escola de Negócios


Em um cenário onde se fala tanto em ESG, inovação, transformação digital, diversidade e propósito… é quase constrangedor constatar o descaso das empresas brasileiras com a formação de gestores e líderes.

Sim, descaso.

Na prática, o que se vê é:

  • Promoções baseadas em tempo de casa ou desempenho técnico;

  • Líderes despreparados para gerir pessoas, conflitos ou mudanças;

  • Climas organizacionais adoecidos por vaidades, silos e micropoderes;

  • E um enorme desperdício de talento, energia e potencial humano.

    O custo invisível da omissão

Enquanto se investe em ERPs milionários e campanhas de endomarketing, a base da cultura organizacional continua abandonada: a liderança do dia a dia.

É ela que forma — ou deforma — o clima. É ela que inspira — ou silencia — o time. É ela que mobiliza — ou paralisa — a execução das estratégias.

Ignorar isso é tão absurdo quanto tentar operar um transatlântico com marinheiros de primeira viagem, sem bússola e sem mapa.

Liderar é aprender, não apenas mandar

Liderança não é dom. É competência. E competência se desenvolve.

Mas, curiosamente, em pleno século XXI, ainda há empresas que fingem não saber disso. Criam manuais de cultura, contratam consultorias, fazem postagens bonitas no LinkedIn — mas deixam líderes à própria sorte.

Esperam que “se virem” para engajar times, resolver conflitos, reter talentos, dar feedback, cobrar resultado e ainda fazer o time sorrir.

Isso é crueldade organizacional.

Medo de líderes fortes?

Líderes preparados fazem perguntas incômodas. Desafiam rotinas obsoletas.

Promovem transparência e desconforto criativo.

Talvez seja por isso que ainda haja um medo velado dentro de muitas diretorias: formar líderes é abrir espaço para questionamento, evolução e — por que não dizer? — para transformação estrutural.

E transformação assusta.

Mas é ela que salva empresas da mediocridade. Do turnover silencioso. Da fuga de cérebros. Da irrelevância.

A liderança é o eixo da competitividade

Quer um diferencial competitivo real? Invista em liderança.

Quer mais sinergia entre áreas? Forme líderes. Quer menos ruído e retrabalho? Forme líderes. Quer retenção de talentos e cultura saudável? Forme líderes. Quer resultado sustentável e clima mobilizador? Forme líderes.

Não há tecnologia, remuneração ou plano de carreira que substitua um líder competente, consciente e comprometido com o crescimento do seu time e da organização.

Chega de empurrar com a barriga

Está na hora das empresas brasileiras darem um passo adulto: colocar a formação de líderes como eixo estratégico, e não como evento pontual.

Formar líderes não é luxo. É urgência competitiva. E quem continuar ignorando isso, em breve, não vai perder apenas talentos — vai perder relevância no mercado.


Você também sente esse apagão de liderança nas empresas? O que está impedindo as organizações de enfrentarem esse desafio com coragem? A sua empresa é um modelo na formação de gestores? Podes compartilhar?

Vamos abrir esse debate?

 
 
 

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